As Casas Bahia acaba de mudar seu mascote \\\\\\\"Bahianinho\\\\\\\", deixando ele com uma idade maior que antes, porém, jovem. As marcas sempre se renovam, buscando adequar a linguagem mais próxima com o consumidor. Isso não é novidade.
A marca não envelheceu, ela rejuvenesceu. O fato de deixar o mascote mais velho não quer dizer que ela deixou de ser jovem, até porque a transformação mostrou que Casas Bahia está com idade mais proximal para falar com seu público. O que era criança passa a ser mais jovem: um adolescente.
No meu ponto de vista, na história da propaganda, os mascotes que tentavam se aproximar das características físicas dos seres humanos ficavam artificiais e \\\\\\\"grotescos\\\\\\\". Por isso, uma das opções era construir um mascote que se aproximava de desenho animado. Mas as coisas mudaram e os recursos tecnológicos trouxeram um \\\\\\\"toque de realidade\\\\\\\" a mais para os traços do mundo do design e, além disso, as pessoas já se acostumaram com alguns traços ainda artificiais de \\\\\\\' \\\\\\\"bonecos digitais\\\\\\\" humanizados.
Quem já ouviu falar do persona? A personificação de um público-alvo (buyer persona) ou da marca (brand persona): aqui está o ponto! Em entrevista para o Propmark, o CEO da Via Varejo, Roberto Fulcherberguer, apresenta o perfil do CB exatamente como trazermos nos trabalhos de persona.
Reparem na descrição \\\\\\\"hiper conectado, ativista de causas ambientais, sociais e sustentabilidade\\\\\\\". São os valores que a marca quer transmitir e por isso trouxe para seu personagem características que vai trazer como conteúdo e interação com a sociedade e não estamos falando de um público específico, pois trata-se de um interesse comum a todos os cidadãos. Ou seja, maior abrangência.
É isso aí! Uma pequena análise enquanto professor, mas que nos leva a muitas reflexões conceituais e sociais.
Forte abraço,
Professor Mattei